Vou votar num tipo extraordinário

Se há Partido Liberal em Portugal hoje, tal deve-se a um grupo de pessoas que começou há muitos anos na blogosfera, ainda os jovens que tiveram a iniciativa de constituir o actual partido estavam na elementar ou secundária. Na blogosfera, blogs como o "Portugal Contemporâneo", "O Insurgente", o "Blasfémias" e outros rasgaram os primeiros metros do que hoje é já uma realidade cultural. Pelo menos no que diz respeito ao liberalismo económico. 

Tão recentemente como em 2008/11, tendo "O Insurgente" à cabeça, os mesmo blogs foram essenciais para apresentar informação alternativa às várias narrativas que os governos de Sócrates iam lançando nuns media completamente controlados. Se íamos sabendo o que se passava realmente no país político-económico real, isso era através desses blogs. 

E, o Carlos Guimarães Pinto era uma das principais fontes e autores n'"O Insurgente. Seguro, estruturado, firme, tranquilo, com uma assertividade única, martelou o regime socialista como poucos, ou mesmo, mais ninguém. 

Depois, começou-se a discutir o partido liberal. Em 2015. O Carlos foi sempre uma das primeiras pessoas para dar vida pública ao projecto. Um eleito natural. Não porque ele escolhesse o protagonismo, mas sim, porque quem equacionava um partido, pensando em quem seria preciso aglomerar, punha o Carlos à cabeça. 

Long story short, o Carlos foi convidado para presidir à agonizante Iniciativa Liberal (recordam o escândalo da página do Facebook entretanto substituída; a saída do presidente). 

Desde então a Iniciativa Liberal transformou-se numa máquina de divulgação essencial nas redes sociais. 

Antes da campanha, tinha os melhores banners, tabelas, vídeos, textos de combate ao socialistão em que infelizmente alguns dos nossos cidadãos menos capazes (ou mais ladrões) nos insistem em manter quando votam no único partido do regime (PS, PSD, CDS, BE, PCP). Já em campanha, "arrebentaram" tudo com cartazes formidáveis (muitos deles desenhados pessoalmente pelo Carlos). 

A motivação da equipa da IL terá muitas origens. Não conheço os detalhes. Mas se eu trabalhasse directamente com o Carlos saberia o valor da enorme segurança que ele transmite: não deve haver problema complicado para o qual ele não equacione (mesmo, raciocine) uma solução. Isto tem valor fantástico para uma equipa. Transmite a solidez necessária e garante à convicção para andar em frente e superar os obstáculos. 

Nos últimos dias houve especiais obstáculos. Alguns tentaram "entalar" a IL. Se por um lado, alguma crítica à IL é natural (eu não voto no partido - voto no Carlos), por outro, sentiu-se um incómodo de alguns sectores com a aparente (a ver vamos se se converte em votos) notoriedade da IL. 

Tenho uma guerra com o Carlos. Uma entre mais duas ou três. Espero poder continuá-las. Essa guerra diz respeito ao avanço cultural das ideias esquerdistas. Eu afirmo que a fonte de propagação é primariamente top-down e só depois bottom-up, o Carlos afirma que é orgânico e que há pouco que um partido possa fazer. Tenho uma hipótese para explicar a posição do Carlos: o que ele vê nas pessoas que o rodeiam é o efeito já orgânico das emanações top-down anteriores. Na IL ele verá isso muito bem, certamente. Recordo:     

Eleger, ou quase eleger o Ricardo Arroja, um muito bom tipo, capaz e mentalmente organizado como poucos, um não-político tradicional (como ficou evidente nos debates) é prestar um serviço a todos nós que queremos mais Liberdade. E é dar força ao Carlos para que ele possa continuar o trabalho (em supremo sacrifício para quem tem família e vida profissional simultaneamente à vida partidária) e em Outubro podermos escolher votar num, quem sabe dois deputados, que numa assembleia muito dividida possa servir de fiel da balança (tal como o "idiota" do PAN tem sido - e é apenas um). 

Assim sendo, votos de boa decisão a todos os que ainda estão indecisos, como uma nota final: quem pense encontrar liberalismo económico em qualquer outro partido, desengane-se. Por exemplo, a Aliança será sempre mais da mesma social-democracia regimental que nos mantém estagnados há mais de 20 anos. 

Quanto à Europa há três motivos essenciais para escolher Ricardo Arroja: a posição sobre a concorrência fiscal,  a oposição aos impostos europeus, e o desejo de manter estados soberanos numa comunidade europeia de cooperação. Algo que vai contra o núcleo do desejo centralista do establishment europeu. Contra o palhacito do Juncker, do Macron, do Guy Verhofstadt, e demais agentes do socialismo europeu. É preciso correr com eles.

Bom Voto! E que dia 26 à noite seja uma festa!

  

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