Os Filhos dos Liberais


Extraordinária afirmação:

"Por exemplo, eu não tenho ilusões sobre a derrota cultural do Liberalismo."

Desistiram da luta.

1. Em Portugal, os liberais não fundaram um partido com os melhores do Liberalismo;

2. Os académicos do Liberalismo continuaram na academia a submeterem-se aos avanços marxistas;

3. Os influencers das redes e da blogosfera deixaram-se estar na agradável modorra de "mandar bocas e não te atravesses a dar o corpo às balas", "fica no sofá";

4. Alguns penetraram nos partidos do regime para serem arregimentados;

5. A audiência que preconizava um futuro mais liberal-clássico ou libertário (no sentido de Hoppe) desistiu deles - todos -;

6. A sociedade portuguesa deixou de ter referências teóricas sobre o Liberalismo. Nem a Iniciativa Liberal faz mais divulgação ideológica de base e está presa na espuma dos dias e na lógica de "o governo propõe socialismo, nós propomos um bocadinho menos".

Ficam os conservadores (onde corremos sempre o risco do nacional-socialismo) e os socialistas radicais de luta cada vez mais acesa. A opção (a haver no futuro) será entre um ditador ou um tirano.

Os filhos dos liberais? Submeter-se-ão ou serão triturados pelo sistema (qualquer sistema estatista que se venha a instalar).

Um dia, os filhos dos liberais ganharão consciência e dirão:

"Mas o meu pai e a minha Mãe poderiam ter feito algo diferente?".

E a resposta será:

"Claro. Sair do sofá nem era muito difícil. Mas, desistiram. Desistiram do futuro.".

A mão-invisível dá muito trabalho. Adam Smith explicou bem. Os liberais lusitanos esqueceram-se de que o seu próprio interesse é também o dos seus Filhos. 

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