Não têm nem uma nem outra


Medo nível 1: "vem aí a peste negra, morrerá 30% da população do Mundo".

Foi assim que nos foi vendida a virulência do Covid.

Passados quase seis meses estamos no Medo nível 2: temos medo de ter medo. Tanto medo que agora passamos a andar na rua aterrorizados. De duas coisas: daquilo que nos disseram ser perigoso, o vírus, e das consequências que nos anunciaram, reais ou imaginárias. Além disso há um terceiro facto de meter Medo: a quantidade de pessoas mascaradas. Quem usa uma máscara, tipicamente? O bandido, o ladrão, o assaltante, e o soldado em batalha.


Total insegurança, portanto. Olhamos para o outro, desconhecido nas ruas, e não lhe vemos a cara, a expressão. Anos e anos de prática de reconhecimento facial são agora inúteis. Todos podem ser um perigo para a nossa integridade. 

Sem mencionar os absurdos de saúde e higiénicos das máscaras. Para nos "proteger" de uma doença tão trivial como a mais trivial das gripes que podem derivar em pneumonia.

Mas, enfim, a agenda foi surpreendentemente bem cumprida, quer pelos media, quer pelos governos que aproveitam para nos enfiar goela abaixo soluções tecnológicas de controlo de cidadania, liberdade e segurança. Isto apoiado por uma população que não valorizando a Liberdade, não avaliando objectiva e racionalmente os riscos, pensa estar a escolher Segurança.

Vejam o que acontece na China. Uma sociedade que já era distópica, agora transformada num autêntico inferno na Terra com bairros inteiros fechados e zero liberdade de movimentos. Estão mais seguros? De quê? Se o verdadeiro terror é o inimigo invisível imposto pelos estados e corporações para sua maior fruição do rebanho (nós)?  

Não é que esteja deprimido, mas neste contexto, custa-me a crer que volte a haver eleições em Portugal. É que se houver, suspeito que muita e maior parte das gentes, irá votar em quem fizer recuar a distopia. Seja quem for e dê por onde der.

 


 

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