Imposto é Roubo e o Funcionário Público não tem Noção?



A afirmação na imagem - não é radical -. Resulta do mais puro bom senso quando se constata:

1. Não existir qualquer contrato-social pois a haver este teria de ser formalmente assinado/aceitado pela parte-cidadão. E não o é. O NIF é-nos atribuído à nascença, ficamos obrigados a entregar rendimento ao estado e somos solidariamente responsáveis pelo total das dívidas contraídas pelos governantes até ao momento do nosso nascimento e além disso, para todo o sempre, das nossas vidas, e automaticamente para os nossos descendentes;

2. Não termos fuga. Somos absolutamente obrigados. Caso um de nós não queira pagar o imposto (mesmo abdicando de todas as "contrapartidas") deve tornar-se apátrida ou mudar de cidadania e renunciar à sua herança e património pessoal (taxado mesmo após o rendimento que o produziu já ter sido também taxado) pois deixa de poder usufruir de bens no território de nascença (fica fora-da-lei).

Se não há contrato e não podemos optar por não cumprir então só há um conceito que se aplica: se é imposto, é roubo. 

Toleramos esse roubo em função da paz que a força estatal, o monopólio da força que deixamos no estado, nos "oferece". Também aqui não temos escolha. Temos de aceitar o monopólio da força.

Actualmente a parte de impostos sobre o rendimento da sociedade está entre 50% (para os rendimentos mais baixos) e 70% (para os rendimentos menos baixos). Ou seja, o estado que temos absorve a maior parte do nosso rendimento. A situação tem-se agravado com a democracia e a participação na moeda única. Sempre e gradualmente, cada um de nós trabalha mais dias/horas por ano para cumprir a obrigação fiscal.

Neste momento há pessoas em Portugal com Fome.

Não foi notícia nos media tradicionais mas ontem já circulava que há pessoas com fome no Minho. E provavelmente no Centro e a Sul do país. Quem trabalha para ganhar o pão-quotidiano não consegue suportar uma semana/duas sem rendimento. E as pessoas têm filhos, pais e avós, dependentes. Nem sequer sabemos se algumas dessas pessoas estão aqui - na nossa bolha facebookiana ou blogosférica - e nos estão a ler neste momento.

A comida que falta na boca dessas pessoas, falta também na exacta proporção dos impostos que pagaram e do rendimento que lhes foi/é subtraído ou confiscado - compulsivamente - . Sabemos todos que em Portugal acabou-se a poupança e as pessoas, sobretudo as de menor rendimento trabalham para comer e pagar o tributo directo ou indirecto. Nada mais sobra para deixar aos filhos/dependentes ou constituir pecúlio pessoal. O estado suga quase tudo. E o que ainda não suga, prepara-se para vir a sugar com o pretexto desta crise.

Poderá dizer-se: "mas o estado "oferece" serviços em contrapartida do imposto cobrado". Certamente - responde-se - mas cada vez menos e de pior qualidade. Aliás, a qualidade tem variado inversamente ao volume de impostos cobrados, provavelmente em função da dívida galopante e do número cada vez maior de dependentes directos do estado (que também são votantes nos que defendem e praticam o constante aumento do estado).

Portanto, e concluindo brevemente, camaradas de tertúlia facebookiana e blogosférica, funcionários públicos, ou não, partilhar imagens de abundância em tempo de fome parece-me: obsceno

     

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