J'Accuse: O fim do "liberalismo" em Portugal
Enquanto o Mundo sofre uma ofensiva global, extraordinária, com origens e contornos que ainda estão por conhecer, os "liberais" portugueses deram os golpes, as estocadas finais no "liberalismo" luso.
Passando a explicar. Primeiro, o porquê das aspas:
- A IL surgiu não por impulso dos liberais (sem "aspas" portugueses) mas por impulso de socialistas-democratas europeus, um tal de Mr. Krauss apoiado por senhor do PSD e do regime português, sustentados organizativamente pela ALDE, uma organização liderada por um socialista e financiada por interesses obscuros de instalação objectiva de um regime controleiro europeu (anti-liberal em essência);
- os liberais portugueses, discutiam se organizar-se ou não em partido e os senhores Krauss e outros montaram um partido, usando meios que antes tinham sido usados para uma campanha de António Costa. Posteriormente, a IL entrou em decomposição interna, fruto das várias incapacidades políticas que se tinham unido e da incoerência ideológica: um partido liberal (no sentido clássico) não pode assumir as causas dos americanos socialistas-democráticos e continuar liberal;
- na fase da inevitável decadência, a IL, em solução de recurso, antes da extinção, pede ajuda ao Carlos Guimarães Pinto. O Carlos é uma pessoa unanimemente amada e de grande capacidade de análise. O Carlos não calculou foi a armadilha em que iria cair. E caiu. Tanto caiu, que não é eleito para o parlamento e o partido IL até mesmo contente com o resultado, elege um zero-à-esquerda do "liberalismo". Alguém sem qualquer consistência ideológica ou historial de defesa dos valores da liberdade:
- o que aconteceu de seguida? No parlamento a IL tornou-se mais um partido do regime. Deixou de fazer campanha pelos princípios da Liberdade (isto porque algumas pessoas que entraram com o Carlo Guimarães Pinto resolveram ficar e ainda os conhecem) e passou a ser mais um partido com a relevância semelhante ao Livre de Joacine com a diferença que o deputado único faz a barba mais vezes.
E agora? Agora, aconteceu a mudança épica provocada pela crise Corona. Que fazem os "liberais"? Exemplos seguem-se:
1. Diferenciem lá isto de qualquer mensagem nacionalista? Não conseguem, pois não? Quem foi o génio que resolveu usar a IL para dar força aos nacionais-socialistas da Nova Portugalidade?
2. O Carlos, caindo na armadilha estendida por economistas-fascistas ligados ao PS comete o erro de os levar a sério e comenta uma ideia luminosa que estes tiveram de usar big data para controlar cadeias de distribuição e abastecimentos a nível nacional. Em suma, a ideia de usar o modelo chinês de organização económica é levada a sério pelo nosso expoente do "liberalismo". Pelo meio leva-se também com positividade a decisão governamental socialista de limitar os movimentos de pessoas como se estas fossem atrasadas mentais incapazes de cuidarem de si próprias:
3. Mas pensam que basta? Não. Há mais. O Carlos também resolveu participar no grande esforço socialista de elegia de António Costa e sua ligação ao partido comunista chinês que por coincidência vem do mesmo país onde nasceu o tal do vírus:
4. Face ao descalabro e à total ausência do presidente da IL, um tal de Cotrim, os liberais, desta vez sem aspas, portugueses, pela pena do Rui Albuquerque, elaboram uma defesa de grandes princípios e autores teóricos do Liberalismo. Em função da prática apresentada nos pontos acima, a defesa serve para de facto apresentar os contrastes profundos entre a prática dos "liberais" e a teoria do Liberalismo. Jamais os autores citados por RA, numa crise épica, deixariam de usar os princípios do Liberalismo e passariam a usar os do Estatismo com base na justificação de que "em situações excepcionais - soluções excepcionais(que passem por mais estado)":
Em suma, o falhanço, o esparramanço, o colapso total do "liberalismo" que, tal como explicado acima, nasce pela mão de socialistas-democráticos (que têm muito pouco de democráticos) se desenvolveu até à infância pela mão de liberais confusos doutrinariamente (eles sabem quem são) e agora morre na praia da total incapacidade de liderança. Claro que alguns de nós, com a perspicácia dada pela vida real, já tinham de início declarado um partido liberal como um oxímoro, uma contradição em termos: não se pode combater o poder sendo poder, não se pode lutar pelo individualismo usando o colectivismo, não se pode ser pela Liberdade usando a coerção. E foi a coerção que os "liberais" defenderam nesta crise.
Morre assim o "liberalismo" português.
Ficam os clássicos, os grande valores individuais, os princípios. E tal morte é Justa, Boa e Verdadeira. Algo que nasce falsificado não se pode tornar Verdadeiro.
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