Declaração de voto


Sem qualquer ironia, espero constatar no dia 06, a par da dos "meus" deputados André Ventura e Diogo Pacheco de Amorim, a eleição de Joacine Katar Moreira, Carlos Guimarães Pinto, José Pinto-Coelho e André Silva. 

Quer se queira ou não, vivemos num país onde, por uma pluralidade de razões - ignorância, nesciência, medo, prepotência, demografia, atavismo, alienação, concupiscência, tribalismo, erro de interpretação - a representatividade democrática tem de espelhar a existência das fatias eleitorais de onde brotaram os partidos que propõem aqueles candidatos. Se a IL é um bar de gin em Oeiras, o Livre uma cubata de Damaienses, etc., o acto eleitoral deve reflectir essas idiossincrasias nas devidas proporções.

Se a democracia é um sistema obsoleto e fundamentalmente viciado, como tão bem pisoteou até à incrustação Hans-Hermann Hoppe, tal será assunto fulcral a debater no dia em que a nação já não se agrisalhar ainda mais sob o espectro de um absolutismo constitucional marxista. 

Mas para isso, os partidos de Abril (PS, PSD, PCP, BE e CDS) que nos devolveram à treva trezentista da justiça feudal e dos barões saqueadores;

os partidos da CRP, do socialismo, da branda costura e do costume em lume brando, que foram estuprando a História no seu papaguear selvagem, túrgidos de eructações inanes com a coalheira repleta das mais tenras perdizes; 

os partidos que nos deram pedófilos, burlões, jagunços, e anestesistas televisivos a cagar em directo para a Verdade impunes perante o balido surdo das reses, esses partidos têm ser sumariamente pulverizados no sufrágio. 

E a abstenção? A abstenção é uma faca de dois legumes, na imortal delapidação adagial do outro. Tanto corta batatas, como decepa os dedos. É também um dos partidos paridos lá onde Otelo, terrorista que deve décadas ao cárcere, perdeu a vergonha.

Nunca deixando de repetir: estou a dizer isto sem qualquer ironia.

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