"Machista" "Mansplains" Problemas da Ideologia de Género a Feminista


Subscrevo que a realidade é factual e apenas as interpretações são subjectivas. Começo por deixar isto claro porque é apanágio de ideologias afastadas da realidade, tentar vergar a realidade forçando categorizações tendenciosas para a fazer caber nos parâmetros dos axiomas da ideologia.

Um exemplo clássico é o marxismo-leninismo: para comunistas a democracia não pode apenas ser democracia mas tem de ser ‘democracia popular’, a economia não pode apenas ser a economia mas deve ser ‘economia científica’ e a ciência não pode apenas ser ciência mas sim ‘ciência crítica’.

Porquê esta introdução? Porque o artigo que comento assenta numa série de falácias e preconceitos que em vez de ajudarem a explicar a realidade ou melhorá-la, contribuem apenas como propaganda ideológia.

Vamos começar pelo próprio título do artigo, o qual ajuda a expor as contradições do texto: “O machista envergonhadamente dentro do armário”. Daqui se deduz, que se os machistas estão dentro do armário, isso significa que a ética colectiva da sociedade Portuguesa é anti-machista. Ora, de uma perspectiva feminista, que bons que são os tempos que vivemos, correcto?
Aparentemente não...

O artigo começa com uma falácia do espantalho: “Os homens são sem mácula e as mulheres não percebem nada”. Depois, ridiculariza um homem que aponta falhas à ideologia feminista criticando o chauvinismo das comunidades islâmicas e partilhando um texto que acusa o feminismo de ser política disfarçada de ciência. Como a autora não se dá ao trabalho de contra-argumentar os argumentos do homem visado, não vejo porque eu o tenha que fazer. Quem cala consente.
Conclui destas observações sarcásticas que “Qualquer pessoa sensata sabe que é este o estado das coisas”; i.e. que os homens são sempre superiores às mulheres em entendimento do feminismo. Sabe? Mas se a nossa sociedade é tão crítica do feminismo, porque têm os machistas de se esconder no armário? Fica a minha dúvida...

A autora prossegue com mais um insulto a outro homem que chama de ‘troll’: James Damore. Damore, despedido pela Google por ousar questionar o posicionamento ideológico da empresa, é segundo a autora ‘machista’, ‘obcecado’ e ‘troll’. Ainda bem que isto é tão óbvio que nem merece argumentos que justifiquem... a isto se chama falácia do argumento ad hominem.
A maioria dos Portugueses talvez não conheçam James Damore porque numa era em que todos utilizamos o Google diariamente, os tweets do Presidente Americano são mais importantes que conhecer a ideologia de uma das nossas maiores fontes de informação. Damore fez algo perfeitamente sensato: numa empresa esmagadoramente progressista e feminista, Damore, depois de tal lhe ser solicitado, escreveu um memorando contrapondo que haverá mais razões para além da ‘opressão sexista’ para as mulheres serem uma minoria no sector das tecnologias da informação (TIs).

Perguntará o leitor porque raio anda um engenheiro informático da Google a escrever sobre assuntos de género. Pois bem, tornou-se política vigente na Google e em muitas empresas, ‘educar’ os seus empregados para as questões de género e assim foi-lhe solicitado participar em ações de formação sobre o assunto e dar a sua opinião. Na Google, no entanto, a diversidade que se quer é de genitais e não de opinião, pelo que foi sumariamente despedido por ter ousado opinar que talvez houvesse mais em jogo do que ‘opressão’. Eu pasmo perante os adjetivos – insultos – utilizados pela autora: então ele é que é o ‘obcecado’?...
Ele foi posteriormente alvo de uma campanha de difamação e de ataques nas redes sociais por pessoas da escola de pensamento da autora, com insultos do teor dos da autora mas ...ele é que é o ‘troll’? O memorando que ele escreveu a propósito das mulheres no sector das TIs avançava soluções para incrementar o número de mulheres no setor mas ...ele é ‘machista’...

Segue a autora ironicamente perguntando “Até veneram a Margaret Thatcher, ou a Hillary Clinton, ou a Michelle Bachelet, ou a Angela Merkel – há maior prova de devoção quase, quase feminista?!”. Não sei se há maior prova de devoção mas sei que ninguém na ala liberal que ela visa com o seu artigo, elogia as líderes enumeradas pelo formato dos seus genitais mas sim pela substância das suas políticas. A mesma razão aliás, pela qual criticam Ocasio-Cortez ou Dilma Rousseff. A importância dos genitais está presente na autora, a qual projeta os seus próprios preconceitos naqueles que deles não partilham.

De seguida a autora deixa uma listagem dos “comportamentos típicos dos machistas encapotados” que prova a perfídia ética e inferioridade moral dos visados.
Começa com “os que ficam calados em qualquer caso que envolva violência sobre mulheres”. É um critério mas talvez uma explicação mais simples é que quem não vê a CMTV, não liga aos casos sensacionalistas de violência doméstica. Mas porque não acreditar no sadismo de milhões de pessoas que não acham de bom-tom comentar casos passionais cujos pormenores desconhecem ou cuja violência impressiona? ... A autora também faz questão de comentar todos os casos de suicídio masculino, muitos deles levados ao limite da sanidade por parceiras abusivas? Ou todos os casos de rapto ou maus tratos a menores perpetrados por mulheres? Tenho as minhas dúvidas de que quando as estatísticas não deixam a metade da população que ela não gosta mal vista, que a sua ânsia de denúncia e moralização se mantenha.

Enraivece a autora que, por outro lado, os tais machistas encapotados “estão sempre muito atentos a casos de ‘feminismo tóxico’”. Como partilho a preocupação dos ditos cujos, posso rapidamente esclarecer o porquê de uma linha de argumentação nada ter a ver com a outra: a autora pensa que a falta de denúncia de casos de violência contra mulheres está relacionada com o assentimento perante tal violência mas na verdade, se a sociedade Portuguesa assim estivesse estruturada – uma vez mais sublinho a contradição – não haveria necessidade de ‘encapotamento’ dos alegados ‘machistas’. Na verdade, tudo aquilo que pode ser feito para desencorajar e punir a violência doméstica, já é feito e o país peca quando muito por falta de meios e não por falta de vontade.

Muito pelo contrário, a denúncia do extremismo ideológico feminista pós-moderno é muito necessário. Ele leva a abusos éticos e políticos vários que a nossa sociedade ainda não reconhece como perigosos, como legislação discriminatória contra os cidadãos do sexo masculino ou mesma à censura ideológica nas redes sociais e nas universidades. Isto são problemas que não só não são reconhecidos pela sociedade como são problemas que afetam todos os cidadãos indiferentemente de condição social ou modelo genital. Por conseguinte, a relevância e urgência da denúncia de uma ideologia que ainda recentemente nas audições de aprovação do juiz do supremo tribunal norte-americano Brett Kavanaugh, provou querer destruir o princípio da presunção de inocência ou que no caso de James Damore, se expôs como ‘tóxica’ para a liberdade de consciência, está num patamar diferente do ativismo cívico. Juntando a isto a censura contra oradores de direita em universidades como aconteceu na Universidade Nova ou ainda a proposta de distorcer o mercado livre com sistemas de quotas que artificialmente aumentam o número de mulheres em várias instituições e empresas, esclarece porque urge denunciar o feminismo. A autora queixa-se que “é muito mais importante expor o feminismo que criticar e exigir mudanças – legislativas, judiciais, sociais, organizativas”, no entanto, ninguém justifica ou pretende aprovar legislação discriminatória contra os cidadãos do sexo feminino. Que mudanças são necessárias, exatamente? Há alguma medida que miraculosamente pudesse travar da noite para o dia os maus hábitos de alguns indivíduos?

Depois entramos no domínio da teoria da conspiração: “mulheres que são mortas em contexto de violência doméstica, às violações, aos abusos sexuais, à impunidade destes crimes, às penas suspensas ou às absolvições, às fundamentações intoleráveis das sentenças e acórdãos dos juízes para garantirem a impunidade dos agressores de mulheres”.
Sentenças injustas há muitas mas daí a dizer que existe uma conspiração anti feminina …tal só caberá na cabeça das “alucinadas (…) feministas”. A lei em Portugal garante a impunidade dos agressores? A sério? É que isso seria algo difícil de provar, sobretudo quando as mulheres têm dos melhores índices de esperança média de vida, autoridade sobre o orçamento familiar e desproporcional número de vitórias em casos de divórcio e custódia parental.

Continua a autora com mais outra suposta contradição pois “há os que se preocupam muito com o machismo e a condição feminina (…) na Índia, nos países islâmicos, na China”, “No mundo ocidental ESTÁ TUDO BEM, OUVISTE, SUA FEMINAZI?!!”. Para além de outra falácia do espantalho, a pertinência da crítica às feministas relaciona-se com a sua islamofilia …’encapotada’: é que enquanto no ocidente se brada aos céus por causa de problemas de primeiro mundo, quando algo escabroso ocorre no resto do planeta contra mulheres, sobretudo se esse mundo é terceiro mundo, observa-se um vasto silêncio da parte das feministas. E isto, lamento informar, não é a exceção à regra mas sim a regra. Nos EUA a #WomensMarch tem líderes muçulmanas que defendem a lei da sharia e a organização é de tal modo antissemita que lhe foi revogado um prémio de direitos humanos. Em Berlim feministas e islamistas manifestam-se lado a lado e promovem a sharia e é notória a atitude de diferentes gerações de feministas e a tendência que cresce nas camadas mais jovens de, através de profunda dissonância cognitiva, defenderem estas posições contraditórias. De novo, impõe-se salientar que o problema da intolerância islamista afeta sociedades inteiras, sobretudo num continente aonde as mesquitas continuam a crescer em número e em que a vida cívica e política se torna cada vez mais securitária para controlar a violência; todos sofremos o impacto da justificação do islamismo. Pelo contrário, os níveis de criminalidade em todo o mundo têm decrescido e os abusos sexuais que tanto repugnam a autora não só afetam uma minoria da população como são apenas relativamente piores para as mulheres. Não são absoluta ou categoricamente piores.

Passamos depois a uma teoria da conspiração que justifica por demais a crítica ao feminismo como extremamente necessária: “Negacionistas do wage gap. Ou o gender wage gap não existe, ou existe só por razões perfeitamente racionais economicamente”. Sim, é mesmo isto. As mulheres não exercem funções profissionais tão competitivas ou perigosas como os homens e como tal não são tão bem recompensadas pelo seu trabalho. Aliás, isto é tão óbvio que em todas as conferências sobre o assunto, invariavelmente, as oradoras são oriundas das ciências sociais e não das naturais…
Aqui entramos numa contradição adicional: defender o mercado livre mas não gostar dos seus resultados. Para mal ou para bem, o mercado manifesta a preferência natural dos indivíduos e num mundo em que as mulheres fossem tão desejosas ou capazes quanto os homens de exercer certas profissões, se fossem discriminadas pelo ‘complot internacional machista’, então haveria empresas pan-femininas que se encarregariam de concorrer com empresas chauvinistas e roubar-lhes o mercado. No entanto, isto não acontece. Não acontece nas TIs, na engenharia, na construção civil, etc. E não é como se fosse impossível erguer empresas femininas já que muitas existem em outras áreas como o marketing, a arte, educação, saúde e muitas mais.

Coincidência das coincidências, as únicas áreas em que as feministas querem quotas são aquelas que são mais lucrativas. Nas que são perigosas ou mal pagas, não se milita pelas quotas. Coincidência das coincidências, as únicas áreas aonde as mulheres parecem ser discriminadas são as que não envolvem grande interação social. É quase como se houvesse uma predileção determinada biologicamente orientando as mulheres para sectores profissionais próprios; quase como se os dois sexos fossem …distintos.

Os países nórdicos são, infelizmente, dos melhores tubos de ensaio de políticas feministas. Não, não me refiro à lei da limpeza da neve feminista que privilegiando escolas e zonas residenciais deixou as auto-estradas para último e causou um engarrafamento histórico que deixou mulheres homens e crianças sem serviços de emergência durante várias horas. Refiro-me às políticas de género que nas sociedades mais radicalmente individualistas do mundo, com fardos de legislação e financiamento dedicados a encorajar o fim dos estereótipos profissionais, nada conseguiram. É quase como se os tais estereótipos fossem antes …factos.

A este respeito diz a autora que “os ‘liberais’ (é conveniente por muitas aspas quando se fala de certos ‘liberais’) defendem, com lógica, que as empresas privadas devem poder discriminar negativamente as mulheres em ordenados e promoções, mesmo se for má política económica. E eu concordo” mas “faz todo o sentido o estado taxar mais estas empresas, não as escolher para fornecedoras, não lhes atribuir subsídios, não lhes adjudicar concursos públicos”.
Vamos ser generosos e aceitar a premissa (falsa) de que existe discriminação sistémica contra mulheres. Se tal for o caso, a autora vê como missão do estado, agir como força moral da sociedade. Os liberais tendem a pensar que o estado é, acima de tudo, representante da sociedade, e não o seu dono. Por conseguinte, se a sociedade for naturalmente misógina, o estado refletirá isto. Há milhentos hábitos, tradições, modas que produzem “externalidades negativas” na economia mas a função do estado não é purgar a sociedade dos seus vícios de modo a melhor a converter numa linha de produção asséptica, de eficiência imaculada. Pelo menos fora da Coreia do norte.

Mas pior ainda é a justificação da destruição da isenção normativa do setor público. É que se a autora quer um setor público ativista e ideologicamente comprometido, então teria que aceitar que quando os chauvinistas chegassem ao poder, eles teriam toda a legitimidade em lhe infernizar a vida, fazendo uso de políticas e meios públicos. Ora, nós bem sabemos que o moralismo tecnocrático é unívoco e que a única teocracia aceitável para a autora é a progressista cosmopolita. Os hereges não têm direito a solo sagrado.

Expõe a autora que os ditos ‘machistas encapotados’ “encontram forma de relativizar, de defender sentenças e acórdãos iníquos” em matéria de violência contra mulheres. O que está em causa, uma vez mais, não é a violência, a qual por ninguém é defendida. O que está em causa é o excesso de zelo – diríamos mesmo a ‘obsessão’ – por querer vergar as regras quando estas não permitem que um homem seja punido por maltratar uma mulher. O caso Kavanaugh é paradigmático de uma atitude de fanatismo ideológico que deseja que a simples acusação sustente condenações.

Por muito que revolte as feministas, os seus detratores zelam eles sim, pela sanidade e justiça de toda uma sociedade. Novamente, o debate em causa não é o debate sobre que regras devem vigorar nos crimes envolvendo violência de género mas sim o debate sobre que regras devem reger a sociedade como um todo. A autora apenas está interessada no debate enquadrado nas punições merecidas pelos homens quando agridem mulheres, já os anti-feministas debatem princípios gerais do Direito. A miopia ideológica encontra-se uma vez mais projetada pela autora na direção dos seus inimigos: quem está a pedir discriminação é a autora e não aqueles que ela critica; claro que para ela, num mundo em que a discriminação é válida desde que moral, aqueles que se opõem apenas podem querer discriminação imoral no sentido oposto. A atribuição de malícia, no entanto, é pecado original da escola teórica da conspiração em questão, e não dos que a ela se opõem.

Desprezo não é atributo: “Recordam-se de um memorando ranhoso, cheio de links para o wikipedia mas a armar ao científico, que um empregado da Google escreveu?”. Sim, esse memorando foi muito mais bem fundamentado que todas as lamechices e preconceitos que os seminários de formação da Google sobre questões de género, e estes solicitavam que os empregados escrevessem os seus pensamentos sobre estas questões num formato platitude banal de post-it auto-ajuda. Não só o desprezo fica mal como a autora é incapaz de contra-argumentar o dito cujo memorando preferindo o insulto e a difamação. Depois de se referir ao caso múltiplas vezes, já ficava bem adiantar alguma substância à sua crítica mas não…

Continuando na onda, “os mesmos liberais, que consideram que as empresas têm direito a discriminar mulheres, ficaram muito ofendidos porque a Google preferiu não irritar a metade feminina dos seus consumidores e decidiu despedir o misógino de serviço”. Pelo mesmo raciocínio, porque permanecem radicais feministas dentro da Google? Não irritam eles a metade masculina dos seus consumidores?
Esta frase é pura mentira e difamação pois não só James Damore não é misógino – o que teria todo o direito a ser numa sociedade livre – como a razão para o seu despedimento foi discriminação ideológica.
Nova falácia lógica: “Aí já não gostaram da liberdade empresarial”. A autora intencionalmente confunde liberdade com ética: a decisão cabe à Google, o juízo ético cabe-me a mim.
E não querendo demonizar o autor do memo”. Nunca querendo demonizar, claro, ele pode ser obcecado, machista, misógino, ranhoso, pseudo-intelectual, troll mas também não é o diabo! Que escreveu ele afinal? Isso fica para outro artigo…

Uma hipótese é que os críticos da autora tenham argumentos válidos que ela ainda não considerou ou que estes não sendo válidos, façam dos seus críticos apenas indivíduos que estão errados…
… OU padecerem de doenças mentais; também há essa outra possibilidade: “também valia a pena começarmos a estabelecer a relação entre machistas e dificuldades diagnosticadas como autismo (é o caso do autor), síndromes de asperger, dificuldades de relacionamento em geral e com mulheres em particular e outras condições psicológicas”.

Por fim vem uma defesa contra os argumentos mais óbvios.
- “Homens que dizem insanidades como ‘os homens é que são pedreiros e mineiros’. (E?! As mulheres é que limpam os hotéis e os centros comerciais”.
Sim e os primeiros correm mais riscos e morrem mais cedo que as segundas. Logo… a lógica dita que … os homens …vá lá, a autora conseguirá acompanhar … os homens, NÃO são privilegiados.

- “As mulheres é que são a maioria das pessoas que se prostituem. Onde está o argumento?”
Não sei, que os homens não têm a opção de trocar sexo por dinheiro para poderem estudar ou para sobreviver?

- “Os homens são a maioria da população prisional.’ (Isto é tão absurdamente imbecil que nem dá para alinhavar resposta.)”
Ou se calhar porque não existe uma resposta que sustente a narrativa do artigo… Se os homens são os mais visados pelo sistema judicial e até obtêm penas mais pesadas pelos mesmos crimes cometidos por mulheres, aonde está a injustiça misógina? Adiante, adiante.

“‘Os homens é que morrem nas guerras.’ (E as mulheres é que são violadas nas guerras. Novamente: qual o argumento?)”
Que os homens são sempre o sexo visado pela sociedade para se sacrificarem pela proteção da mesma, o que é incompatível com serem um sexo privilegiado. Para clarificar, tanto homens como mulheres são violados em guerras mas essas vítimas por regra são colaterais, não primárias. As vítimas primárias são os homens que são enviados para combater outros homens, em prol do interesse de todos os cidadãos.
Qual é o argumento? Que o divisionismo e preconceito de género é uma faca de dois gumes. Quando corta para o lado da autora, ela … prefere não alinhavar uma resposta.

Comecei o texto com uma reflexão sobre as ideologias mais extremistas e a ginástica retórica a que são obrigadas para lidar com uma realidade que as invalida. Pois bem, o feminismo nos dias que correm é precisamente isto: a boa moral é a das feministas (piscar de olho à etimologia) e a imoralidade provém da patriarquia (piscar de olho à etimologia). O mercado quer-se livre desde que ‘corrigido das externalidades negativas’, uma espécie de ‘liberalismo com características Suecas’. A sociedade Portuguesa é profundamente sexista mas trata-se afinal de um ‘machismo de armário’. Os críticos do feminismo não se informam nem têm experiência válida para poderem criticar mas quando o fazem “por muitos graus académicos que tenham” estão a ‘armar ao intelectual’, uma espécie de oposição … deplorável. Claro que até os levávamos a sério e até respondíamos diretamente às suas ‘inanidades’ … nããããão fosse eles terem distúrbios mentais… enfim, derradeiramente, só se pode ter pena deles e ignorar os coitados.

Termino com um ponto de acordo com a autora: “a censura social faz milagres”. Esperemos que ela aprenda alguma coisa com as reações que provoca.

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